A melhor comédia romântica de 2025 nasceu de um ménage. E é bem menos leve do que parece

  • 11/12/2025
(Foto: Reprodução)
'Entre Nós – Uma Dose Extra de Amor': veja o trailer Neste finalzinho de ano, acabou de estrear no Brasill aquela que, na minha opinião, é a grande comédia romântica de 2025. O título em português "Entre Nós - Uma Dose Extra de Amor" dá um tom que passa longe do filme, bem menos convencional e meloso do que a tradução anuncia. O filme sobre as consequências pouco divertidas de um “ménage à trois” pega alguns dos clichês clássicos da comédia romântica e traz para esta história desenvolvida a partir de uma noite de sexo entre três pessoas solteiras de cerca de 30 anos. Estão lá obviedades como triângulo amoroso, idas e vindas do casal central, reviravoltas, melhor amigo gay engraçado e outros personagens que você rapidamente entende o perfil. Mas cada lugar-comum está a serviço de algo maior: uma dramédia romântica extremamente bem construída, sem atalhos fáceis ou moralismo. Há uma história que mergulha em temas como desejo, insegurança, ciúme, maturidade emocional e parentalidade. A fórmula ganhou elogios do jornal "The Guardian" ("uma comédia romântica que é uma raridade, porque entrega em todos os níveis") e da revista "Variety" ("genuinamente intrigante e extremamente encantadora"). Qual a história de ‘Entre nós’? Zoey Deutch, Jonah Hauer-King e Ruby Cruz no filme 'Entre Nós - Uma Dose Extra de Amor' (2025) Divulgação/Vertical “The Threesome”, o título original bem mais seco e conveniente, acompanha Connor (Jonah Hauer-King, de “A Pequena Sereia”), perdido num relacionamento sem rótulos com Olivia (Zoey Deutch, de “Zumbilândia 2” e “Influencer de Mentira"). A relação ganha novas camadas quando aparece Jenny (Ruby Cruz, de “Willow”). Ela completa um trisal que parece a realização de uma fantasia moderna e sem consequências. Mas elas existem. E são muitas. O que começa como uma noite impulsiva e leve se estende para uma experiência cheia de acordos caóticos e impactos muito concretos na vida adulta. Chad Hartigan, diretor nascido no Chipre e criado nos Estados Unidos, não é muito conhecido. Cria do cinema independente americano, já tinha experimentado histórias menos óbvias, como “Morris From America”, sobre um adolescente americano vivendo na Alemanha. A primeira vez do roteirista Zoey Deutch, Jonah Hauer-King e Ruby Cruz no filme 'Entre Nós - Uma Dose Extra de Amor' (2025) Divulgação/Vertical O roteiro marca a estreia de Ethan Ogilby em longas: antes disso, trabalhou em produções menos autorais na Netflix e assinou mais de 150 episódios de “Os Simpsons". Foi no desenho que ele desenvolveu seu timing de humor seco, usado em situações desconfortáveis de diálogos rápidos. Falar do lado menos glamouroso de um ménage não é novidade, é claro. “Love”, do franco-argentino Gaspar Noé, já explorou como a fantasia pode se esvaziar quando confrontada com a vida real. Séries como “Eu tu e ela” e filmes como “Newness” também investigaram os limites, o ego e a frustração dentro de relações menos convencionais. Mas a dose extra de sagacidade de “Entre Nós” não está nesta ideia mais óbvia de falar de não monogamia e derivados: está em como o filme constrói uma comédia romântica inteira a partir desse ponto de partida. Sem muito esforço, “The Threesome” permite que o espectador se coloque na pele do trisal e compreenda (dividido entre o desconforto, a empatia e a surpresa) as motivações, os medos e até as pequenas alegrias que movem cada uma das três pessoas envolvidas. Cartela resenha crítica g1 Arte/g1

FONTE: https://g1.globo.com/pop-arte/cinema/noticia/2025/12/11/a-melhor-comedia-romantica-de-2025-nasceu-de-um-menage-e-e-bem-menos-leve-do-que-parece.ghtml


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