Ex-presidente do Sindicato Rural de Rio Verde é denunciado por crimes sexuais contra funcionárias
10/12/2025
(Foto: Reprodução) Ex-presidente do Sindicato Rural de Rio Verde é denunciado por crimes sexuais
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) denunciou o ex-presidente do Sindicato Rural de Rio Verde, Olávio Teles Fonseca, por crimes sexuais contra funcionárias. O documento, obtido com exclusividade pela TV Anhanguera, aponta que, após as denúncias de abuso virem à tona, Olávio passou a ameaçar e coagir as vítimas.
O ex-presidente foi denunciado por estupro, abuso sexual, violência psicológica e coação. Além dele, o MP denunciou o funcionário Miguel Mendonça Cardoso. Conforme apurado pela TV Anhanguera, ele atuava como diretor de Tecnologia da Informação (TI) do sindicato e foi responsável por proteger o denunciado e incentivar as vítimas a manterem silêncio e negarem os crimes.
O g1 entrou em contato com a defesa de Olávio Teles Fonseca, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. A defesa de Miguel Mendonça Cardoso não foi localizada.
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O denunciado foi preso preventivamente em 13 de novembro, na sede do sindicato em Rio Verde, na região sudoeste de Goiás. Segundo a Polícia Civil, ele começou a ser investigado pelos crimes em setembro, após denúncia anônima.
Na época, o sindicato informou, por meio de nota, que Olávio se afastou do cargo voluntariamente e que não compactua com qualquer prática que viole princípios éticos, morais ou institucionais.
Denúncia
Presidente de sindicato rural é preso suspeito de abuso sexual de funcionárias em Rio Verde, Goiás
Reprodução/Instagram de Olávio Teles Fonseca
De acordo com a denúncia, quando os crimes foram descobertos por colegas, o então presidente chorou e negou as acusações. Os abusos cessaram, mas a perseguição se intensificou.
"Valendo-se da sua posição de superior hierárquico, passou a ameaçar e coagir as vítimas e funcionários, para favorecer interesse próprio consistente na tentativa de impunidade, afirmando que é rico e influente e, por isso, jamais ficaria preso [...] chegando a afirmar que poderia matar quem se voltasse contra ele", diz trecho do documento.
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O MP apontou que os abusos eram praticados na sala da presidência, pois era o único ambiente do sindicato sem câmeras de segurança, com isolamento acústico e uma trava eletrônica interna, que era controlada exclusivamente por Olávio.
Ainda de acordo com o documento, o denunciado abordava as funcionárias durante o horário de trabalho com o pretexto de falar sobre assuntos administrativos, mas fazia comentários sobre seus corpos. "Os comentários evoluíram para toques não consentidos e práticas libidinosas", destacou a denúncia.
Segundo a TV Anhanguera, após os casos de abuso serem expostos, Olavío demitiu uma das funcionárias e tentou espalhar intrigas para desacreditar o relato das mulheres.
Inicialmente, o número de vítimas informado pela Polícia Civil era de três funcionárias, duas efetivas e uma estagiária. No entanto, no decorrer da investigação, esse número subiu para quatro.
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