Justiça mantém Rogério Andrade em presídio federal até 2026
26/11/2025
(Foto: Reprodução) O contraventor Rogério de Andrade foi preso em outubro de 2024
JOSE LUCENA/THENEWS2/ESTADÃO CONTEÚDO
A Justiça decidiu manter o contraventor Rogério Andrade no Presídio Federal de Campo Grande (MS), onde está há 1 ano no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD).
A decisão, tomada pela juíza-corregedora substituta Franscielle Martins Gomes Medeiros nesta terça-feira (25), confirma pedido da 1ª Vara Especializada em Organização Criminosa e atende a recurso do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Rio.
A medida derruba a possibilidade de retorno ao Rio, aberta após a Oitava Câmara Criminal suspender o RDD há 1 semana. Para o MP, Andrade continua a comandar uma organização criminosa e representa risco à segurança do estado.
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Preso desde outubro de 2024 e acusado de mandar matar o rival Fernando Iggnácio, Andrade seguirá na unidade federal até novembro de 2026.
Relembre a prisão:
Contraventor Rogério Andrade é preso por mandar matar rival Fernando Iggnácio
A TV Globo tenta contato com a defesa do contraventor.
Iggnácio, genro e herdeiro do contraventor Castor de Andrade, foi executado em 10 de novembro de 2020 em uma emboscada no Recreio dos Bandeirantes. Ele tinha acabado de desembarcar de um helicóptero, vindo de Angra dos Reis, na Costa Verde, e foi alvejado ao caminhar até o carro. Os tiros foram de fuzil 556.
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Briga pelo poder
Rogério de Andrade foi preso em outubro de 2024, no Rio
JOSE LUCENA/THENEWS2/ESTADÃO CONTEÚDO
Rogério é sobrinho de Castor de Andrade, um dos nomes mais conhecidos da contravenção carioca. Não herdou de pronto o espólio da contravenção com a morte do tio, em 1997. Coube a Paulo Roberto de Andrade, o Paulinho, filho de Castor, e a Fernando Iggnácio, genro do chefão, tocar o império.
Na divisão, Iggnácio foi cuidar dos caça-níqueis, e Paulinho passou a tomar conta das bancas do bicho. Rogério, porém, considerava ter direito à herança e passou a disputar território com Paulinho e Iggnácio.
Paulinho foi assassinado em 1998, crime atribuído a Rogério, que assumiu o negócio do primo e começou a avançar sobre o de Iggnácio.
Investigações da Polícia Federal mostram que a disputa entre Rogério Andrade e Fernando Iggnácio entre 1999 e 2007 resultou em 50 mortes — algumas foram de policiais, acusados de prestar serviços para os contraventores.