São Paulo e governo federal defendem rompimento do contrato com a Enel
16/12/2025
(Foto: Reprodução) Governos federal, estadual e municipal decidem iniciar processo para encerrar contrato com a Enel
Uma semana depois do apagão que deixou mais de 2 milhões de paulistas sem luz, os governos federal, estadual e municipal decidiram pedir o fim do contrato com a concessionária de energia Enel.
Avenidas alagadas, carros e passageiros em risco. Um dos maiores terminais de ônibus da cidade também sofreu. Bastou uma chuva forte na tarde desta terça-feira (16) para o número de imóveis sem energia elétrica dobrar e o medo se instalar na Região Metropolitana de São Paulo. Enquanto isso, o governador, o prefeito da capital, o ministro de Minas e Energia, técnicos e procuradores se reuniam na sede do governo paulista e bateram o martelo: decidiram pedir a caducidade, que é a antecipação do fim do contrato com a Enel.
“É insustentável a situação da Enel em São Paulo, absolutamente insustentável. Ela não tem mais condição de prestar serviço, tem um problema reputacional muito sério, tem um problema de deixar a nossa população na mão de forma constante”, afirma o governado de São Paulo, Tarcísio de Freitas.
“Se identificou claramente que a Enel não tem a estrutura e o compromisso para fazer frente às necessidades, principalmente quando tem alguma situação adversa por conta das mudanças climáticas”, diz o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes.
A Enel é responsável pela distribuição de energia na capital e em mais 23 municípios da Região Metropolitana desde 2018, depois do processo de privatização. O contrato de concessão iria até 2028, mas a Enel pleiteava a renovação.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vai analisar se houve descumprimento do contrato e vai dar prazo para que a empresa se defenda. A decisão final sobre o encerramento do contrato vai ser do Ministério de Minas e Energia e do presidente da República.
“Esperamos que a Aneel possa dar resposta o mais rápido possível ao povo de São Paulo, implementando e iniciando um processo de caducidade que vai resultar, com certeza, na melhoria da qualidade do serviço de distribuição, que é o serviço mais sensível do setor elétrico brasileiro, aquele que tem que dar resposta rápida a esses eventos como têm acontecido em São Paulo”, diz Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia.
A Enel e Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) não se manifestaram.
São Paulo e governo federal defendem rompimento do contrato com a Enel
Reprodução/TV Globo
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