Trem do Samba: saiba quem toca nos palcos e vagões, horários das saídas, como garantir a passagem e a história do projeto
06/12/2025
(Foto: Reprodução) Trem do Samba agita o sábado na Central do Brasil e em Oswaldo Cruz
O Rio terá nesse sábado (6) um dos eventos mais peculiares e bonitos da cidade: o Trem do Samba, que celebra pioneiros do gênero em uma viagem musical entre o Centro e a Zona Norte, de trem. É a 30ª edição do evento.
Além de apresentações de rodas nos vagões, palcos serão montados para artistas consagrados se apresentarem na origem, a estação Central do Brasil e nos arredores da Estação Oswaldo Cruz, destino das composições.
Saiba mais sobre o evento abaixo:
Como funciona ?
Sambista durante festa do Trem do Samba na Zona Norte do Rio
Reprodução/ Riotur
O evento funciona da seguinte forma: na Central do Brasil, de onde partem os trens para as Zonas Norte, Oeste e Baixada Fluminense, é montado um palco (Palco Paulo da Portela), onde ocorrem shows gratuitos a partir das 15h (confira os artistas mais adiante na reportagem).
A partir das 18h04, começam a partir trens com rodas de samba dentro de vagões rumo a Estação Oswaldo Cruz, na Zona Norte. Os trens sairão às 18h24, 18h44, 19h04 e 19h24 com grupos distribuídos pelos carros animando a viagem. As composições sairão da plataforma 2 da Central do Brasil.
Em Oswaldo Cruz, são montados três palcos, onde acontecem mais apresentações: o Palco Mestre Candeia, na Rua João Vicente; Palco Dona Ivone Lara, na Rua Átila Silveira; e Palco Mestre Monarco, na Portelinha (Estrada da Portela).
Na volta para casa, a Superviareforçará a operação com trens extras saindo em direção à Central do Brasil (23h40; 0h20; e 1h10), a Japeri (23h50; 00h30 e 1h) e a Santa Cruz (00h; 00h40 e 01h20).
A Supervia reforça que neste dia, até às 17h, trens sentido Santa Cruz e Japeri não realizarão parada em Oswaldo Cruz. Será necessário ir até a estação Prefeito Bento Ribeiro e fazer transferência para as composições sentido Central do Brasil. Após às 17h, trens sentido Central do Brasil que não farão parada na estação. Os interessados devem seguir até Madureira e fazer transferência para trens sentido Santa Cruz e Japeri.
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Quanto custa para participar ?
Quem quiser ter acesso aos trens do evento poderá fazer a troca de 1kg de alimento não perecível por uma passagem (esquema limitado a 3000 pessoas). O alimento deve ser entregue no stand do Mesa Brasil do Sesc, que vai estar na Central do Brasil, das 13h às 19h.
Além da troca de passagens, os interessados podem embarcar comprando um cartão da SuperVia ou usando o cartão Riocard Mais. A tarifa comum da passagem é R$ 7,90 e passageiros com o BUI habilitado pagam R$ 5. Não são aceitos cartões Jaé.
Para voltar, a Supervia recomenda que o passageiro compre a sua passagem antecipadamente ou use o cartão Riocard Mais.
Quem for direto para a Central do Brasil ou para os palcos em Oswaldo Cruz, não paga nada.
Quem se apresenta nos palcos ?
Trem do Samba
Divulgação/SuperVia
No Palco Paulo da Portela, na Central, vão se apresentar:
15h – Marquinhos de Oswaldo Cruz e Banda
15h30 – Velha Guarda do Salgueiro
15h50 – Velha Guarda da Vila Isabel
16h10 – Velha Guarda do Império Serrano
16h30 – Velha Guarda da Mangueira
17h20 – Gisa Nogueira e Didu Nogueira
17h40 – Ernesto Pires
17h50 – Osmar do Breque
18h – Babi Cruz
18h10 – Gabrielzinho do Irajá
18h20 – Chico Alves
18h30 – Makley Matos
18h40 – Cassiana Pérola Negra
18h50 – Marquinho Sathan
Palco Dona Ivone Lara - Rua Átila da Silveira
19h – Terreiro de Crioulo
20h40 – Terreiro de Crioulo convida: Zé Luiz do Império, Nilze Carvalho e Nem da Tia Doca
22h30 – Roberta Sá
Palco Mestre Candeia - Rua João Vicente
19h – Samba da Volta
20h40 – Samba da Volta convida: Juninho Thibau, Nego Álvaro e Marquinhos Diniz
22h30 – Dudu Nobre
Palco Mestre Monarco - Portelinha/Estrada da Portela
19h – Velha Guarda da Portela
21h – Marcelinho Moreira canta Arlindo Cruz
22h30 – Leci Brandão
Quem toca nas rodas dos vagões dos trens ?
Não foram divulgadas oficialmente as rodas que tocarão nos trens até a última partida às 19h24. A programação das primeiras três saídas, entretanto, inclui:
Trem das 18:04h - Primeiro trem, com 4 vagões, leva Com Marquinhos de Oswaldo Cruz, Velhas Guardas de escolas e convidados.
18:24h - Vagão 1 - Bip Bip/Vagão 2 - Nelson e Wilma/Vagão 3 - Samba à Bangu/Vagão 4 - Sambistas de Cristo/Vagão 5 - Barraco de Pau/Vagão 6 - Roda de Samba da Analimar/Vagão 7 - Família Novidade/Vagão 8 - Samba Excespou
18:44h - Vagão 1 - Terreiro de Mangueira/Vagão 2-Pagode da Gigi/Vagão 3-Moenda Velha/Vagão 4 - Samba D’Aurora/Vagão 5 - Cacique de Ramos/Vagão 6 - Henrique Escurinho/Vagão 7 - Samba 70/Vagão 8 - Fator Principal
19h04- Vagão 1 - Oficina das Minas/Vagão 5- Cordão do Boitatá/Vagão 5- Cacique de Ramos
História e simbologias
Marquinhos de Oswaldo Cruz, idealizador do Trem do Samba
Divulgação
O projeto Trem do Samba, que completa 30 anos nesta edição, foi idealizado pelo cantor e compositor Marquinhos de Oswaldo Cruz e celebra a história e a resistência do samba carioca. O trajeto recria o caminho realizado por um dos fundadores da Portela, Paulo da Portela, na década de 1920, quando o gênero era marginalizado e seus praticantes sofriam repressão. O primeiro trem, das 18h04, sai exatamente no horário em que Paulo costumava voltar para casa depois do trabalho.
O Trem do Samba ocorre sempre na semana do dia 2 de dezembro, Dia Nacional do Samba. Há duas teorias sobre as origens da data.
Uma está relacionada a um evento realizado entre os dias 28 de novembro e 2 de dezembro de 1962, no Palácio Pedro Ernesto, no Rio, chamado Congresso Nacional do Samba. O encontro resultou na "Carta do Samba". O documento visava, entre outros pontos, elaborar medidas para preservar características tradicionais do samba.
A outra versão indica que a data surgiu, também nos anos 60, por iniciativa de um vereador baiano para homenagear o compositor mineiro Ary Barroso, autor do sucesso “Na Baixa do Sapateiro”, por sua primeira visita a Salvador.