Um ano após morte de jovem em enxurrada, moradores cobram ações contra enchentes em via de Campinas

  • 24/10/2025
(Foto: Reprodução)
Morte de jovem arrastada por enxurrada em Campinas completa 1 ano Após um ano da morte de Sara Gabrielli de Souza Silva, de 18 anos, arrastada pela enxurrada na Avenida Sylvio Moro durante um temporal, a Prefeitura de Campinas (SP) instalou defensas complementares de concreto, um guard rail e novas placas de sinalização no local. As mudanças, no entanto, são vistas por moradores como medidas voltadas apenas ao trânsito e não suficientes para evitar novas enchentes. Júlio César mora em frente ao ponto onde Sara foi levada pela força da água e afirma que o risco continua. “Dá pra ver que não foi feito absolutamente nada para resolver o problema da enchente. Só colocaram uma placa dizendo que é uma área que deve ser evitada quando chove. Melhoraram o trânsito, mas a água continua subindo da mesma forma”, diz. ✅Clique aqui para seguir o canal do g1 Campinas no WhatsApp Mãe cita abandono Homenagem à jovem que morreu em enxurrada em avenida de Campinas Reprodução/EPTV A mãe da jovem, Eliane Fátima de Souza, diz que o sentimento, um ano depois, é de abandono. “Não vi mudança. Eles vieram aqui e fizeram uma 'gambiarra', porque não mudou nada. Colocaram um pedacinho de metal para maquiar o lugar e assim ficou. Quando chove, não tem nenhum fiscal para parar as pessoas. É óbvio que vai acontecer de novo em algum momento”, diz. Além da insatisfação com as obras, Eliane também critica a falta de apoio psicológico prometido pela administração municipal após a tragédia. Segundo ela, ninguém da prefeitura manteve contato com a família desde então. “Eu creio que eles nem sabem onde eu moro. Eles nunca me procuraram para nada, nem apoio psicológico, nem psiquiátrico, nada. Nunca me ligaram para saber como estamos”, relata. A mãe reforça que o sofrimento da família foi agravado pela ausência de amparo e por perceber que a morte da filha poderia ter sido evitada. “A minha filha não morreu porque o carro estava ruim, nem porque ela não sabia dirigir. Ela morreu porque havia falha na via”, diz Eliane. O que diz a Prefeitura? Em nota, a Prefeitura de Campinas informou que, na época do acidente, a família de Sara foi procurada pela Secretaria de Desenvolvimento e Assistência Social, mas teria agradecido o contato e informado que buscaria atendimento psicológico na rede privada. Sobre as obras na região do córrego Piçarrão, a administração disse que há um estudo em andamento que deve ser finalizado em junho de 2026. Enquanto isso, o município afirma realizar ações de reforço das defensas metálicas, instalação de sinalização de alerta para motoristas, limpeza e manutenção do córrego, além do desentupimento de bocas de lobo. A prefeitura também destacou que Campinas contará com oito piscinões como parte do plano antienchentes. Dois deles, o da Praça Paranapanema e o da Praça da Ópera, estão em construção, com previsão de entrega para julho de 2026 e setembro de 2027, respectivamente. Outro reservatório, na Avenida Norte-Sul, teve o projeto alterado e será subterrâneo, ao lado do Tribunal Regional do Trabalho. Além das obras, o município afirma que instalou painéis e placas informativas sobre áreas de risco, faz o monitoramento de pontos de alagamento por meio de câmeras integradas à Emdec e envia alertas pelo aplicativo Waze. A Operação Chuvas de Verão, que reúne ações preventivas e de emergência, começa em novembro e segue até março de 2026. Leia também: ‘A arte tirou a dor daquele lugar’: mãe de jovem que morreu ao ser arrastada por enxurrada fala sobre homenagem em grafite Corpo de jovem de 18 anos arrastada por enxurrada em Campinas é localizado Relembre o caso Sara Gabrielli voltava do trabalho na noite de 24 de outubro de 2024 quando foi surpreendida pela forte chuva na Avenida Sylvio Moro, na Vila Industrial. O temporal acumulou mais de 120 milímetros em três horas, volume esperado para todo o mês. O carro em que ela estava foi arrastado pela enxurrada após o transbordamento do córrego Piçarrão. Moradores tentaram socorrer a jovem, entre eles o fotógrafo André Dellapina, que chegou a usar uma mangueira na tentativa de alcançá-la, mas a correnteza impediu o resgate. O corpo de Sara foi encontrado três dias depois, no domingo (27), no Rio Capivari, a cerca de 18 quilômetros do local onde desapareceu. Mulher é arrastada pela enxurrada durante temporal em Campinas VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região Veja mais notícias da região no g1 Campinas

FONTE: https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2025/10/24/um-ano-apos-morte-de-jovem-em-enxurrada-moradores-cobram-acoes-contra-enchentes-em-via-de-campinas.ghtml


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